“Um dos médicos que estava de serviço tinha-me identificado como ativista pela despenalização do aborto e achou que eu devia sofrer.”
Marisa Matias
Enquanto ativista pela despenalização do aborto, Marisa Matias sofreu retaliações. Face a um aborto espontâneo, a extrema lentidão da resposta na maternidade ter-se-á devido a um médico que lhe queria dar uma lição. A saúde sexual é um direito. Quando a experiência de acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva se torna uma experiência de violência, há uma evidente – e inadmissível – violação de direitos sexuais. Oiça aqui o seu testemunho.
Marisa Matias tem quase 43 anos. É deputada no Parlamento Europeu desde 2009, eleitas nas listas do Bloco de Esquerda. É doutorada em Sociologia e na vida anterior foi investigadora no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Dedicou-se a vários activismos, entre eles o da luta pela despenalização do aborto em Portugal. Feminista, acha que as mulheres têm os mesmos direitos e não abdica dessa crença em nenhum dos dias do ano.